Dizer urgente do amor
Ao
amante
Antes que se
quebre
O
tempo
E os ouvidos –
Dissolvidos na
terra
Não apreciem
mais
A carícia das
sílabas
Antes que as
mãos
Tímidas de
dar
Cessem de vez
Os
movimentos
E todos os
gestos
Virem
ossos
Dizer urgente ao
amigo
O valor do
vínculo
Que só o amigo
costura
Só o amigo
cozeduras
Cozimentos
cerziduras
Que só o amigo
estanca
Os
sangramentos
Dizer urgente do
amor
Sem
resistências
Antes que a língua
De súbito se
cale
E o amor –
Preso por
reticências
Maledicências
Medos mágoas
Role pelos
ralos
Antes que o
amor
Quedado pela
foice
Faça da palavra
não dita
Eterno açoite
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirRetificação da mensagem anterior: Obrigada, Islene, pela postagem do meu poema AINDA.
ResponderExcluirAbs,
Carmen